Por duas vezes, em 2017 e 2019, a Organização Mundial de Saúde (OMS), declarou o Brasil como o país com o maior número de pessoas ansiosas no mundo. Segundo os relatórios, 18,6 milhões de pessoas (9,3% de brasileiros) convivem com o transtorno.
Agora, uma pesquisa realizada pela USP, e publicada em abril na revista científica Psychological Medicine, da Cambridge University Press, traz novos dados.
Segundo a pesquisa, as restrições durante a pandemia e o isolamento social tiveram um forte impacto mental na saúde dos brasileiros. Com isso, voltamos a ocupar o topo do ranking das pessoas mais ansiosas e com tendência depressiva no mundo.
Além disso, também foi constatado que os brasileiros são as pessoas que convivem por mais tempo com os sintomas provocados pelos transtornos psicológicos. Segundo a pesquisa:
Foram verificados sintomas de depressão, ansiedade, fadiga, insônia, pânico, fobias, compulsões e obsessões, além de alterações no apetite. O consumo de drogas ilícitas, de cigarros, medicamentos e alimentos do tipo fast food, também aumentou.
Mulheres, jovens, pessoas com histórico de desordem mental e os que ficaram sem emprego, foram os mais afetados por sintomas de ansiedade e depressão. A pesquisa foi realizada em 11 países. Depois do Brasil, aparecem os EUA e a Irlanda, com 60% e 61% das pessoas com ansiedade, e 55% e 57% com depressão, respectivamente.
Em uma pandemia, como a do Coronavírus, as pessoas tendem a ficar mais suscetíveis a mudanças físicas, cognitivas, comportamentais e emocionais, o que gera um impacto direto na saúde mental.
Estratégias são fundamentais não somente para tratar os distúrbios, como para preveni-los. E a nutrição tem um importantíssimo papel em ambos os casos.
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O padrão alimentar ocidental, que consiste em alimentos processados e fritos, grãos refinados, alimentos açucarados e álcool, está associado a uma piora dos sintomas psicológicos em geral, como ansiedade e estresse.
A longo prazo, consumir quantidades excessivas de alimentos com gordura saturada afeta o equilíbrio de todo o corpo, incluindo a saúde do cérebro.
A barreira hematoencefálica, que protege o sistema nervoso central, é danificada e as citocinas pró-inflamatórias e as células imunológicas chegam ao cérebro, afetando o humor e o comportamento.
A nossa função cognitiva é prejudicada, incluindo memória, eficiência psicomotora, atenção e, mais importante, ficamos mais vulneráveis a depressão e a ansiedade.
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Dietas ricas em vegetais, frutas, peixes e grãos integrais, laticínios com pouca gordura, proteínas magras, como a dieta do mediterrâneo, estão associadas a um menor risco de transtornos de ansiedade.
Também há evidências de que uma maior adesão a um padrão alimentar lacto-vegetariano está associada a um menor risco de ansiedade.
O consumo de chocolate (acima de 70%) e alimentos ricos em triptofano, como as leguminosas, amêndoas, aveia e sementes de abóbora, também podem contribuir. Esses alimentos fazem parte da síntese de serotonina, conhecido como hormônio do prazer.
Além disso, ômega 3, magnésio e zinco; vitaminas do complexo B, C e E; os aminoácidos lisina e arginina, parecem contribuir para a prevenção e o tratamento de transtornos de ansiedade.
Agora que você já sabe como a alimentação pode te ajudar no combate ao estresse e ansiedade, invista agora mesmo na sua saúde e bem-estar.
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