A compulsão alimentar por doce envolve um fenômeno neurobiológico complexo, que está associado a componentes fisiológicos e emocionais. Sabe-se que algumas alterações genéticas (polimorfismos) estão associadas ao aumento do risco de compulsão alimentar, em especial alguns associados a baixos níveis de serotonina, dopamina, entre outros.
O estresse crônico, ansiedade e depressão podem estar estreitamente relacionados ao aumento do consumo alimentar em muitos indivíduos. Comer é mais do que um ato fisiológico, pois também está associado ao prazer.
Evolutivamente tendemos a estimular mecanismos de recompensa, de forma a comer mais do que o necessário, para criar reservas para períodos de menor disponibilidade de alimentos.No entanto, nos dias de hoje, temos alimentos disponíveis no supermercado, mercadinho ou até na dispensa da nossa casa.
Quando comemos algo que dá prazer liberamos um neurotransmissor chamado dopamina (relacionado a sensação de prazer), que quando consumido com maior frequência, gera um processo de acomodação e menor resposta de liberação da dopamina.
Já se você parar de consumir o alimento que lhe dá prazer por um período mais longo, irá aumentar a liberação de dopamina quando for novamente exposto ao alimento, trazendo maior satisfação.
Um estudo mostrou que restringir o consumo de doces ou açúcar por 7 dias, aumentará a sensação de recompensa em 34%. Em caso de indivíduos que se expõem excessivamente ao sabor doce, há maior resistência e facilidade para o consumo de maiores quantidades.
Neste caso, reduza drasticamente o consumo de doces e aumento do consumo de amargos e azedos por 3 semanas. O paladar é completamente adaptável, e logo pequenas porções de doces tendem a saciar mais fácil.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda limitar o consumo de açúcar em no máximo 10% do valor total diário de calorias. Vale a pena lembrar que o consumo de calorias consumidas em um dia deve ser analisada por um nutricionista capacitado.
Vale ressaltar que o uso de adoçantes não é uma opção visto que mantém a compulsão por doce e aumenta a absorção de carboidratos pelo intestino.
Diferencie impulso de fome: ao perceber a vontade de consumir doces, coloque o alarme para 15 minutos, mude sua atenção e NÃO coma nada por 15 minutos. Além disso, não fique próximo do alimento tentador. Quando terminar o período você conseguirá diferenciar e decidir se deve comer ou não.
Aceitação: aceite que todos os alimentos são permitidos, e comê-los ou não passa a ser uma opção somente sua. Isto tira o estigma do alimento proibido, que aumentaria a resposta de recompensa e o risco de compulsão por doce.
Flexibilização: se permita consumir pequenas porções quando for justificável.
Planejamento: se organize em relação ao que vai comer, quando e o quanto vai consumir antes de iniciar o ato. Reduzir o número de vezes de consumo de doces de diário para três a quatro vezes na semana pode ajudar muito.
Foco: ao se alimentar esteja 100% focado no ato, não deixando que outros estímulos façam com que não perceba o quê e o quanto está comendo.
Análise: observe e aprenda a reconhecer seu sistema de saciedade.
Além disso, sobre a compulsão por doce, vale ressaltar os seguintes tópicos:
Lembre-se que, apesar de parecer desafiador, livrar-se da compulsão por doce pode ser o que você precisa para seguir inspirada(o) no seu bem-estar e saúde. Garantindo uma vida plena e cheia de vigor!
Se precisar de ajuda para seguir nesse processo, entre em contato e marque agora mesmo a sua consulta através do WhatsApp.